Annie Hall
- Helena Soares
- 19 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

“Annie Hall” é uma comédia romântica de 1977 realizada por Woody Allen, adaptada de uma peça de teatro que Allen escreveu juntamente com Marshall Brickman. O filme baseia-se em Alvy “Max” Singer, protagonizado pelo próprio Woody Allen, que se questiona sobre o porquê do seu relacionamento com Annie Hall ter terminado. O papel de Annie foi construído especificamente para a atriz Diane Keaton. O filme foi bastante aclamado na altura, uma vez que competia com Star Wars (mais tarde renomeado para Star Wars: Episode IV) nas principais categorias, tendo recebido cinco nomeações para Óscares da Academia, e ganho quatro: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Original e Melhor Atriz Principal, para Diane Keaton.
Alvy Singer, divorciado de 42 anos de personalidade neurótica, pseudointelectual, nativo e residente em Nova Iorque, faz uma reflexão sobre o porquê do fim da sua última relação amorosa com Annie Hall, uma aspirante a cantora do Midwest, caracterizada pela sua insegurança, mas também pelo seu atrevimento. Contrariamente aos seus relacionamentos anteriores, Alvy acreditava que podia já ter solucionado todos os problemas da sua vida através dos quinze anos de psicoterapia, fazendo com que essa relação com Annie durasse. No decorrer do filme, Alvy faz uma análise dos a
ltos e baixos da sua relação, tentando perceber em qual momento falhou, como também todos os momentos da sua vida que o levaram a conhecer e namorar com Annie.
“I would never belong to any club that would have someone like me for a member. That’s the key joke of my adult life in terms of my relationships with women.” – Alvy Singer

Caracterizado pelo típico “humor sofrido e irónico” de Allen, “Annie Hall” explora principalmente o tema da “absurda necessidade de amor” que todos os seres humanos têm, bem como a sexualidade, identidade de género e de crenças, nomeadamente a judaica, que a sua personagem apresenta. O filme também demonstra outras especificidades caricatas e típicas de Woody Allen entre os quais se destaca o seu monólogo no início do filme (momento esse que capta instantaneamente a atenção dos espetadores); cenas em que as personagens olham e falam diretamente para a câmara que, segundo o próprio realizador, é uma forma de ir ao encontro da audiência que tem os mesmos sentimentos e problemas, fazendo-a refletir; ou momentos em que a personagem de Allen questiona outras pessoas (figurantes no filme) sobre o amor e corrige algumas informações que ouve em conversas paralelas.
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