Rui Vilhena
- Tatiana Lopes
- 22 de dez. de 2016
- 2 min de leitura

Rui Vilhena, Apesar de ter nascido no ano de 1961 em Moçambique, naturalizou-se português. Teve um percurso académico muito rico. Estudou, no Rio de Janeiro, no Brasil, onde fez o Bacharelato em Comunicação Social. Mais tarde, graduou-se em Guionismo na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA) e no El Camino College, também em Los Angeles, onde frequentou o curso de produção para Cinema e Televisão.
Na ficção, o argumentista, a serviço da RTP assinou novelas como Terra Mãe (1998) e Vila Faia (2007), as Sitcoms (pequenas séries humorísticas) Café da Esquina (2000) e Reformado e Mal Pago (1996), e a série Bastidores (2001). Na TVI, escreveu telenovelas como Ninguém como Tu (2005), Tempo de Viver (2006), Olhos nos Olhos (2008) e Sedução (2010).

No ano de 2011, regressou ao Brasil a convite do seu amigo e argumentista brasileiro, Aguinaldo Silva, para integrar uma equipa de colaboradores da telenovela Fina Estampa, da Rede Globo. Porém, foi no ano de 2014 que assinou a sua primeira novela brasileira, intitulada Boogie Oogie, também transmitida pela emissora carioca.
As telenovelas do autor têm sempre traços em comum, por exemplo, todas têm um mistério que será desvendado, apenas, na reta final: «Quem matou Marina?» em Terra Mãe, «Quem matou António?» em Ninguém como Tu, «Quem é o Tubarão?» em Tempo de Viver, «Quem matou Zé Balhão?» em Vila Faia, «Qual dos gémeos está vivo?» em Olhos nos Olhos, «Quem matou Sofia?» em Sedução, «Qual o segredo de Carlota?» em Boogie Oogie. Para além deste, é comum a morte de alguém mais idoso, narrada de diversas formas, que serve para apelar ao lado mais emocional dos espectadores.
Apesar de se destacar pelas telenovelas, o trabalho do autor vai muito além. Para a televisão, escreveu vários programas, entre os quais O Último Natal (I e II), para a SIC; O Sótão do Pedro, para a TVI; o Clube Disney para a RTP, entre outros. No teatro, assinou peças como A Canção dos Oceanos, A Última História a ser Contada e Cães de Guarda. Foi, também, diretor criativo da Scriptmakers, empresa de escrita de guiões, e tem um grupo de actores, "Os meninos de Vilhena".
Rui Vilhena recebeu o prémio Arco-íris, da Associação ILGA Portugal, pelo seu contributo na luta contra a discriminação e homofobia, com a novela Ninguém como Tu. Esta novela marcou também a carreira do ator por ter contribuído para um aprimoramento da sua técnica de suspense.
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