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The Shining

  • Luís Macedo
  • 20 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura

O The Shining é um filme de 1980 do diretor Stanley Kubrick (diretor de vários outros filmes de renome como Laranja Mecânica ou 2001: Uma Odisseia no Espaço), co-escrito pela romancista Diane Johnson e baseado no livro de Stephen King com o mesmo nome. O filme conta com o ator Jack Nicholson no papel principal e a atriz Shelley Duvall como coadjuvante. Juntos, tentam criar as personagens retratadas no livro de Stephen King da melhor maneira possível.

Portanto, o filme conta a história de um porteiro/escritor que é contratado para tomar conta de um hotel que, por estar localizado numa zona mais complicada de aceder, fecha durante o Inverno.

Chegando ao hotel, é possível observar a sua grandiosidade e como consegue colapsar a mente de uma pessoa presa lá dentro. Assim sendo, a família do porteiro instala-se. Ao fim de um tempo, começa a pesar a isolação e o porteiro começa a bloquear e não consegue pensar em nada para um livro que está a escrever.

Inicia assim um ciclo de mudança na mente dele. Começa a ter pensamentos assassinos e tenta matar a mulher e o filho. No entanto, graças a uma certa ‘genica’, conseguem escapar e o porteiro acaba por morrer preso na neve. No final, vemos uma foto de 1921 em que o porteiro está inserido apesar da história se passar nos anos 80.

Passando assim o resumo da história, analisemos o guião.

É um argumento diferente do livro original, porque o diretor assim o quis. Ele decidiu encurtar a história, quase omitindo o passado do hotel e dos seus anteriores porteiros. Concentrou-se mais na caracterização das personagens.

Vemos o porteiro a passar por uma série de estágios. Vemo-lo, no início, mais aberto, com relações bastante boas com a mulher e o filho. Posteriormente, passa a adotar um perfil mais fechado em que não falava com ninguém, chegando ao ponto de proibir a família de estar no mesmo local que ele. Por fim, acaba por começar a perseguir a mulher e o filho com o intuito de os assassinar. Isto é uma caracterização perfeita, que mostra os estágios de mudança da mente de uma forma única.

No que toca à caracterização do filho, a história muda, o filho é um ‘iluminado’. Consegue ver o passado e os fantasmas, portanto ele descobre o passado do hotel da pior forma, vendo os assassínios que por lá aconteceram. Isto serviria para mostrar de uma forma bastante subtil o que aconteceu anteriormente no hotel.

Em relação à mulher, podemos afirmar que começa por ser uma mulher de família que faz de tudo para manter o seu marido e filho felizes. Contudo, acaba por ser uma mãe ‘urso’ e faz de tudo para proteger o filho do pai.

Relativamente à narrativa em si, é bastante diferente do que estamos habituados. Relata a história do hotel numa espécie de visões que o filho vai tendo. Combina ainda a isolação num local de forma esplêndida, já que, apesar de estar com a família, o porteiro não consegue abstrair-se da habitação.

O que realmente aconteceu é deixado em aberto. A narrativa acaba com uma foto em que o porteiro se encontra num tempo passado.

No entanto, é de realçar que esse final em aberto apenas acontece na versão pós-produzida do filme. Na primeira vez que o filme foi apresentado e verificado com uma série de fotos do guião, existiria uma cena final onde descobríamos que o dono do hotel saberia do que tinha acontecido antes no hotel. Isso seria demonstrado com um diálogo com o filho do porteiro. Porém adicionaria também mistério, pois afirmaria que não tinha sido encontrado nada de invulgar no hotel após a saída deles de lá.

 
 
 

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