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Spotlight - Análise ao Guião

  • António Magalhães
  • 17 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Spotlight é um filme realizado por Thomas McCarthy, vencedor do óscar de melhor filme no presente ano, contra todas as expectativas, que davam como certo a entrega do prémio ao filme Renascido (The Revenant).

Foi ainda vencedor na categoria de melhor argumento, cuja génese surge de dois velhos conhecidos, Josep Singer e Thomas McCarthy , que escrevem o guião em conjunto. É McCarthy quem acaba por ser o realizador e levar a ideia avante. A dupla trabalhara em conjunto na série Law & Order: Special Victims Unit, na qual Singer é argumentista e McCarthy ator.

A longa-metragem debruça-se sobre a investigação, por parte de quatro jornalistas, ao abuso sexual de membros da igreja a menores e à publicação da respetiva história. Após meses de investigação, o caso fez manchete no jornal, acabando por causar a resignação do Arcebispo de Boston, o Cardeal Law, em final de 2002, e valer ao “Boston Globe” um Prémio Pulitzer de Serviço Público.

Quanto ao guião em si, é de salientar a sobriedade com que foi escrito, dando sem dúvida uma enorme naturalidade à narrativa, que desde logo é bastante atual e chocante. Mas não ficamos por aqui. A opção dos argumentistas de não destacar uma personagem como principal faz com que os intervenientes da trama tenham prestações niveladas, assumindo assim os jornalistas o papel de destaque. Nesta medida, cria-se um enredo muito mais intrigante e a história em si flui naturalmente.

Outro aspeto muito importante é o facto de o enredo ter sido escrito de tal forma, que não deixa margem de manobra para a utilização de efeitos especiais e embelezamentos desnecessários, sendo totalmente focado na temática e não deixando espaço para as habituais produções hollywoodescas.

 
 
 

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