Os mais curiosos factos sobre Woody Allen
- Mélanie Alves
- 16 de mai. de 2016
- 3 min de leitura

Woody Allen tem escrito, pelo menos, um filme por ano desde que se estreou como guionista em 1965. Foi nomeado para um Óscar 24 vezes e ganhou quatro, sendo três deles para melhor argumento. Também ganhou nove BAFTAs (British Academy of Film and Television Arts) e dois Globos de Ouro. Na totalidade, ganhou 136 prémios, mais do que Charles Chaplin, Buster Keaton e Harold Lloyd juntos. Desta forma, Woody Allen tornou-se no guionista mais nomeado da história.
Durante a sua adolescência, começou a escrever e vender piadas para jornais locais. Quando as suas piadas começaram a aparecer em colunas conhecidas, como a de Walter Winchell, Allen decidiu que não queria que os seus colegas vissem lá o nome dele, pelo que o alterou. Allen Stewart Konigsberg mudou o seu nome para Heywood Allen, e depois para Woody Allen. Continuou a escrever piadas, chegando até a escrever umas 50 por dia. As suas piadas ganharam notoriedade e em 1956, com 21 anos, começou a passar os seus verões num Resort em Poconos, onde aprendeu a escrever para audiências ao vivo.
No seu segundo verão lá, Allen estreou-se enquanto realizador. Mais tarde, entre 1960 e 1969, Woody Allen atuou em muitos espetáculos de stand-up para melhorar sua comédia. Em 1965, escreveu o seu primeiro filme "What’s New Pussycat?", que se revelou uma deceção. O seu descontentamento com o resultado final foi tão grande, que Woody se convenceu a realizar os seus filmes, além de escrever os argumentos. Tal decisão deu-lhe um controlo criativo que tem sido motivo de inveja para várias gerações de cineastas. No entanto, o maior avanço dado na sua carreira veio com a comédia romântica “Annie Hall”, em 1977, que arrecadou quatro óscares.
Quanto à sua escrita, Woody Allen tem a preocupação de não se deixar afetar pelas críticas. Explica que "Essa é uma das coisas agradáveis sobre a escrita, ou qualquer arte; se a coisa é real, ele só vive. Todo o alvoroço sobre ele, o sucesso acerca dele ou a rejeição crítica – nada disso importa. No final, a coisa irá sobreviver ou não conforme os seus próprios méritos." (The Paris Review, 1985).
Além disso, o ator, realizador e guionista afirma que a parte mais complicado no processo criativo é ter a ideia, delinear a sua história, estrutura e enredo geral. “Mas a partir do momento em que sei isso, posso escrever um guião em duas, três semanas. É a diferença entre idealizá-lo e escrevê-lo no papel. Torna-se agradável para mim e flui facilmente, porque eu fiz o trabalho mais difícil de antemão.", afirmou o guionista para o The Hollywood Reporter em 2012.
No que concerne aos atores, Woody Allen só organiza o casting, juntamente com a sua equipa, depois de ter o argumento pronto. Muitas vezes, os atores são levados até Allen para ele os poder conhecer e, apesar de muitos quererem ficar horas a conversar com o realizador, ele é de poucas falas e gosta de acelerar o processo. Aliás, a sua sessão de castings mais rápida ocorreu em dez segundos. Quando Allen está interessado num ator, envia-lhe uma cópia do guião, mas nunca via e-mail, e nunca através do seu agente. Os guiões são entregues diretamente em mão para o ator e são devolvidos umas horas mais tarde. Os guiões são acompanhados por um bilhete de Allen, por vezes, apresentando-se a si mesmo e dizendo que espera que gostem do argumento.
No entanto, se sentir que escolheu a pessoa errada para o papel, Woddy Allen não tem problemas em refazer o filme, como já aconteceu no filme Purple Rose of Cairo, em que o ator Michaek Keaton, inicialmente escolhido para o papel de Tom Baxter, foi substituído por Jeff Daniels.
Além do seu trabalho ligado ao cinema, Allen também é um grande apreciador de música. É um músico jazz e toca clarinete frequentemente em pequenos locais. É, também, um músico assíduo no Carlyle Hotel nas noites de segunda-feira, juntamente com a sua banda.
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