Charlie Chaplin
- Silvia Burlacu
- 14 de mai. de 2015
- 2 min de leitura

O Grande Ditador, Os tempos modernos, O circo, Em busca do ouro, Luzes da Cidade. Estes são só alguns filmes escritos por Charlie Chaplin. Para além de ser um dos mais famosos atores da era do cinema, é conhecido também por ser produtor, diretor, escritor e guionista. Atuou, escreveu e produziu vários filmes. No início, mudos, e depois, com a evolução do cinema, sonoros. É considerado, por muitos, uma das personalidades mais criativas do mundo da sétima arte.
Nasceu a 16 de abril de 1889, em Walworth, Inglaterra, numa família de artistas, já que a mãe e o pai eram artistas do Music Hall em Londres.
Aos dez anos foi trabalhar como mímico e aos 21, em 1910, viajou para os Estados Unidos da América com os Comediantes Silenciosos de Fred Karno. Três anos depois, juntou-se aos estúdios Keystone, em Nova Iorque, aparecendo no cinema pela primeira vez no filme Making a Living. Fez mais 35 filmes neste mesmo ano, apesar de serem filmes de curta duração.
Em 1915 foi trabalhar para a empresa Essanay, onde começou a escrever e a dirigir os seus próprios filmes. O seu nome foi crescendo e no mesmo ano, com o papel principal no filme “O Vagabundo”, o cineasta ganhou mais destaque no mundo do cinema. O papel neste filme tornou-se um marco na carreira de Charlie Chaplin.
Em 1919, abriu a sua própria empresa cinematográfica, a United Artists, junto com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith. Tentaram fugir dos distribuidores e financiadores de Hollywood, garantindo a liberdade de Charlie Chaplin enquanto cineasta.
Em 1940, um ano depois de começar a Segunda Guerra Mundial, grava o filme O grande ditador, uma paródia sobre os regimes totalitários, interpretando o papel do Adenoid Hynkel, ditador da “Tomânia”.
Criticava também a sociedade onde vivia, demonstrando através dos filmes os problemas sociais. Por isso, mas também pelo pensamento político esquerdista, nas décadas de 40 e 50 do século passado, foi perseguido pelo Comité de Atividades Antiamericanas. Deixou os Estados Unidos da América em 1952 para ir viver na Suíça.
Recebeu vários prémios importantes, ao longo da sua carreira, entre os quais: o Óscar, em 1929, pelo filme O Circo; em 1972 recebe o Óscar pela banda sonora do filme Luzes da Ribalta. Recebeu também o Óscar Honorário, no mesmo ano, por toda a sua obra, saindo do exílio para receber este prémio. No dia 4 de março de 1975, foi nomeado Cavaleiro Comandante do Império Britânico pela Rainha Isabel II. Dois anos depois, morreu devido a um derrame cerebral.
“Mais do que máquinas, precisamos de humanidade”. A frase que Charlie Chaplin disse no final do filme O Grande Ditador, pode ser aplicada a vários campos, mas pode ser também aplicada ao mundo do cinema. Para além das câmaras e toda a tecnologia que é necessária para se fazer um filme, é necessário haver pessoas para pensá-lo. O cineasta britânico foi uma dessas pessoas.
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