Desigualdade de género no guionismo
- Ana Rita Magalhães
- 12 de mai. de 2015
- 1 min de leitura

Apesar de cada vez mais existir o combate às desigualdades de género, a verdade é que ainda existem disparidades, nomeadamente entre os guionistas.
O estudo Celluloid Ceiling do Center for the Study of Women in Television and Film (CSWTF) foca-se nos trabalhadores atrás das câmaras, ou seja, realizadoras, decisoras, produtoras, argumentistas, montadoras, diretoras de fotografia e outras profissionais de bastidores, que estão em minoria. Em 2014, apenas 17% destes cargos eram ocupados por mulheres. Um sinal muito negativo em termos de oportunidades de trabalho e de empregabilidade para o sexo feminino no setor cinematográfico. Dos realizadores dos 250 filmes de Hollywood mais lucrativos em 2012, apenas 9% são mulheres. Um estudo de 2014 mostrou que o número de mulheres argumentistas nos EUA desceu de 17% em 2009 para 15%, bem como as significativas diferenças salariais. Em 2015, só 7% dos filmes mais rentáveis nos EUA foram realizados por uma mulher.
Os números agora revelados mostram que, apesar de ter havido uma melhoria do cenário para as mulheres que trabalham atrás das câmaras em Hollywood, essa mudança não é significativa.
Para combater esta tendência Meryl Streep fundou um laboratório - Writers Lab - para apoiar oito mulheres argumentistas com mais de 40 anos, contando com o apoio da organização New York Women in Film and Television (Mulheres de Nova Iorque do Cinema e da Televisão) e do grupo de cineastas femininas IRIS. O projeto iniciou a 1 de maio e tem como mentoras a realizadora e guionista Gina Prince-Bythewood (Beyond the Lights), a produtora Caroline Kaplan (Boyhood) e as escritoras Kirsten Smith e Jessica Bendinger.
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